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Oito mortes no dia do anúncio da retirada

Bagdá - Duas bombas e disparos de arma de fogo mataram oito pessoas ontem, lembrando a atual instabilidade no Iraque, no mesmo dia em que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pretende descrever o progresso na direção do iminente fim da operação norte-americana no país. Os últimos episódios de violência e os dados mostrando que julho foi o mês mais mortífero para os iraquianos em mais de dois anos ressuscitam as questões sobre a prontidão das forças de segurança iraquianas em assumir essas atividades na medida em que se aproxima a data na qual as tropas norte-americanas deixarão todas as operações de combate, marcada para o final deste mês. A violência também confirma a percepção de que os insurgentes estão se aproveitando do impasse político sobre a formação de uma novo governo, já que as eleições parlamentares de 7 de março não tiveram um vencedor claro.

"Não tenham dúvidas: nosso comprometimento no Iraque está mudando, de um esforço militar liderado por nossas tropas para um esforço civil liderado por nossos diplomatas", dirá Obama, segundo trechos divulgados do discurso que ele fará mais tarde, nesta segunda-feira.

Os Estados Unidos afirmam que o Iraque está estável o suficiente para que a retirada de tropas seja mantida de acordo com o previsto e que a violência caiu dramaticamente no país desde 2008. Mas os ataques continuam a ocorrer diariamente, especialmente em Bagdá.

Os Estados Unidos pretendem reduzir suas forças no Iraque para 50 mil homens até o final deste mês e o último soldado norte-americano deixará o Iraque até o final do ano que vem. Há cerca de 65 mil militares dos Estados Uni­­dos atualmente no Iraque.

No pior incidente desta segunda-feira, militantes da Al-Qaeda explodiram a casa de um policial no oeste de Bagdá, matando o po­­licial, sua mulher e a filha de quatro anos do casal.

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