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Brasil em silêncio

Oito países da América Latina condenam mandado de prisão do chavismo contra González

Oito países da América Latina condenam pedido de prisão do chavismo contra González
Edmundo González Urrutia, líder opositor da PUD (Foto: EFE/ Ronald Peña)

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Sete países da América Latina emitiram nesta segunda-feira (2) um comunicado conjunto condenando o mandado de prisão emitido pela Justiça controlada pelo regime de Nicolás Maduro contra Edmundo González Urrutia, representante da Plataforma Unitária Democrática (PUD), o maior bloco de oposição ao chavismo.

A ditadura venezuelana acusa González de envolvimento em cinco supostos crimes relacionados à divulgação das atas que comprovam a fraude eleitoral de Maduro por meio de seu Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e demonstram a vitória da oposição sobre o regime, por ampla margem, nas últimas eleições.

O comunicado, assinado pelos governos de Argentina, Costa Rica, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai rejeitam "de maneira inequívoca e absoluta" a ordem de prisão contra González.

“Esta ordem de prisão cita vários supostos crimes que não são mais do que outra tentativa de silenciar o senhor González, desconsiderar a vontade popular venezuelana e constitui perseguição política”, diz o documento, veiculado pelo portal argentino Infobae.

“Em um país onde não há separação de poderes, nem garantias judiciais mínimas, e onde abundam as detenções arbitrárias, condenamos essas práticas ditatoriais e nossos esforços serão firmes e contínuos para exigir às autoridades venezuelanas que garantam a vida, a integridade e a liberdade de Edmundo González Urrutia”, conclui o documento.

Além dos sete países que assinaram o comunicado conjunto, o Chile também se manifestou contrariamente à ordem de prisão contra o opositor.

“O Governo do Chile rejeita energicamente a ordem de detenção emitida pela Procuradoria Geral da Venezuela contra o líder opositor e candidato nas eleições presidenciais do passado 28 de julho, Edmundo González Urrutia”, cita um comunicado emitido pelo Ministério de Relações Exteriores chileno nesta segunda-feira.

“Além disso, [o Chile] reitera sua condenação a qualquer forma de repressão contra opositores ao regime ditatorial na Venezuela. O Governo do Chile faz um apelo para que sejam respeitados os princípios democráticos, bem como os direitos humanos e as liberdades fundamentais de todos os venezuelanos e venezuelanas”, diz o comunicado.

O mandado de prisão contra González ocorre em um contexto de grande repressão perpetrada pelo chavismo contra seus opositores. Além de González, Maduro também fechou o cerco contra membros de campanha, jornalistas e cidadãos que participaram de protestos.

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