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Oito reféns foram libertados por criminosos que se rebelaram nas prisões do Equador em meio à onda de violência que o país enfrenta. Os reféns libertados estavam distribuídos por três, dos sete presídios do país sul-americano que estão sob motim.
Apesar da boa notícia, o Serviço de Atendimento Integrado do Equador (SNAI), que administra as prisões do país, confirmou que ainda existem cerca de 170 pessoas sob o controle dos criminosos encarcerados. De acordo com o órgão, 155 reféns são agentes penitenciários e 15 são funcionários do departamento administrativo.
As rebeliões nas prisões do Equador que culminaram no sequestro dessas pessoas começaram na segunda-feira (8), um dia após o país confirmar a fuga de José Adolfo Macías, o “Fito”, líder da facção criminosa conhecida como Los Choneros. Os presos que se rebelaram “exigem” o fim das transferências e “melhores condições de vida”. As prisões equatorianas abrigam ao todo cerca de 30 mil criminosos, que, segundo informações, possuem armas, por causa da falta de controle que o Estado não tinha sobre os locais.
Segundo informações do site argentino Infobae, as autoridades equatorianas estão tentando diariamente negociar a libertação dos demais reféns com a ajuda da Cruz Vermelha, de membros de igrejas e de organismos internacionais.
Durante essa semana, o governo do presidente Daniel Noboa declarou os grupos de criminosos ligados ao narcotráfico de seu país como organizações terroristas e anunciou o reforço da segurança nas prisões com o apoio das Forças Armadas e da Polícia Nacional.
O Equador também recebeu nesta sexta o apoio da Organização dos Estados Americanos (OEA) e na quinta-feira (11) dos Estados Unidos, que enviarão funcionários de alto nível e policiais para colaborar com as investigações criminais e o combate às organizações criminosas transnacionais.