O ditador da Rússia, Vladimir Putin| Foto: EFE/EPA/GAVRIIL GRIGOROV/SPUTNIK/KREMLIN
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O oligarca russo Mikhail Rogachev, ex-vice-presidente da gigante petrolífera Yukos e um crítico do regime de Vladimir Putin, foi encontrado morto em Moscou neste final de semana, após cair de uma janela do 11º andar de seu apartamento, a 34 metros de altura. O corpo do empresário, de 64 anos, foi descoberto por um funcionário do serviço de espionagem da Rússia, que curiosamente passava pelo local com um cachorro no dia do ocorrido.

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De acordo com informações divulgadas por agências de notícias estatais russas, Rogachev teria deixado uma nota de suicídio. No entanto, familiares e pessoas próximas contestam a versão de suicídio, alegando que o empresário estava "de bom humor" antes de sua morte e não apresentava sinais de depressão ou intenção de tirar a própria vida. Ele teria, inclusive, tomado café da manhã com seus parentes pouco antes de ser encontrado morto.

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Rogachev, que ocupou cargos de destaque no setor de energia e mineração, era uma figura influente na Rússia, com uma longa carreira como vice-diretor da empresa de mineração Norilsk Nickel e do grupo Onexim, além de sua posição na Yukos. A Yukos, por sua vez, foi desmantelada na Rússia pelo regime de Putin após entrar em confronto com o Kremlin.

Relatórios iniciais veiculados pela mídia russa apontam que o oligarca enfrentava uma “grave doença”, possivelmente câncer, o que teria motivado o suposto suicídio. No entanto, um canal da oposição no Telegram desmentiu essas alegações, reforçando que não havia qualquer sinal de que Rogachev estivesse debilitado ao ponto de tirar a própria vida.

A investigação sobre a morte de Rogachev está em andamento na Rússia neste momento. O caso se junta a uma série de eventos trágicos misteriosos que vêm assolando figuras da elite empresarial russa, especialmente aquelas ligadas à indústria de petróleo e gás e que são críticas do Kremlin. Outros executivos de alto escalão, como Leonid Shulman, da Gazprom, e Alexander Tyulyakov, também da Gazprom, foram encontrados mortos em circunstâncias suspeitas nos últimos anos.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]