O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, buscou na segunda-feira (19) ampliar a participação árabe na futura conferência de paz dos Estados Unidos ao reafirmar a promessa de não construir novos assentamentos judaicos e de libertar cerca de 450 presos palestinos.

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Em declarações a ministros, Olmert não explicou se suspenderá também as obras de ampliação em assentamentos já existentes da Cisjordânia, como exigem os palestinos e os EUA.

- Sejamos honestos. Nós nos comprometemos...a não construir novos assentamentos - disse Olmert, referindo-se ao hoje paralisado plano de paz dos EUA para a região, de 2003.

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- Não haverá novos assentamentos nem confisco de terras (dos palestinos) - disse ele, segundo sua porta-voz.

Nos dias 26 e 27 de novembro, o governo americano promove em Annapolis uma conferência de paz sobre o Oriente Médio. A Arábia Saudita, que ainda não confirmou presença, havia exigido um "congelamento dos assentamentos" antes da conferência.

Israel há anos não abre novos assentamentos na Cisjordânia, mas os colonos instalaram dezenas de postos avançados de observação, no topo de morros, sem o consentimento do governo.

Durante a reunião ministerial, Olmert recebeu aprovação para soltar 450 presos palestinos, um gesto destinado a fortalecer o presidente palestino, Mahmoud Abbas, que pede a libertação de 2.000. Ambos os líderes se reuniriam ainda na segunda-feira.

Mas para o negociador palestino Saeb Erekat, "o que Olmert anunciou nesta segunda-feira não faz sentido".

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- Olmert tem que entender que ou ele declara um congelamento total de assentamentos em todas as áreas ocupadas, incluindo Jerusalém Oriental, ou não é nada - disse ele.

Em um surpreendente anúncio, o gabinete de Olmert disse que o primeiro-ministro pretende ir na terça-feira ao Egito conversar com o presidente Hosni Mubarak, aparentemente como parte de um esforço diplomático para atrair uma maior participação árabe para a conferência de Annapolis.

Os chanceleres da Liga Árabe se encontram na sexta-feira no Cairo para decidir sobre a participação no evento, destinado a lançar as bases para um processo de paz definitivo.