Jerusalém – O primeiro-ministro israelense designado, Ehud Olmert, conseguiu formar a coalizão de seu futuro governo, que deverá implementar a retirada de assentamentos judaicos de parte da Cisjordânia e fixar as fronteiras de Israel até 2010.

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Até o momento, há quatro partidos na coalizão: o Kadima – partido de Olmert, vencedor das eleições legislativas israelenses de 28 de março –, o Partido Trabalhista, o religioso sefardita Shas e o Partido dos Aposentados. A nova coalizão do governo israelense, que deve entrar em funções na próxima quinta-feira, controlará 67 das 120 cadeiras que formam a Knesset (Parlamento), maioria suficiente para levar adiante iniciativas tão ambiciosas como a desocupação das colônias judaicas da Cisjordânia. Além disso, terá o apoio parlamentar da plataforma pacifista Meretz e dos dez deputados das três formações árabes da Knesset. Embora tenha vencido as eleições gerais, o Kadima não obteve maioria folgada para governar, por isso Olmert – "escudeiro" do ex-primeiro-ministro Ariel Sharon – foi obrigado a iniciar uma série de contatos com representantes de outros partidos para formar uma coalizão, após ser designado pelo presidente do Estado de Israel, Moshé Katsav, para formar o novo governo. As longas negociações para a formação do Executivo terminaram no domingo à noite, e colocou fim a três semanas de incerteza política, além de ter deixado de fora da coalizão o partido ultranacionalista Yisrael Beiteinu, liderado por Avigdor Liberman.