“Devido às inadequadas críticas públicas feitas pelo senhor (Amos) Gilad, ele não pode continuar como enviado de nenhuma negociação política”. Ehud Olmert, primeiro-ministro de Israel| Foto: Ronen Zvulun/ AFP

Partido Trabalhista pode se opor ao Likud

O líder do Partido Trabalhista de Israel, Ehud Barak, declarou ontem a Benjamin Netanyahu, à frente da formação de direita Likud e encarregado de formar o governo do país, que pensa em se tornar oposição.

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Ehud Barak e Benjamin Netanyahu se reuniram ontem em Jerusalém
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Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel Ehud Olmert demitiu ontem o principal negociador de uma trégua na Faixa de Gaza, por ter recebido críticas dele à forma como conduz as negociações de paz.

A demissão de Amos Gilad, anunciada pela assessoria de Olmert, ocorre em momento crítico. Apesar disso, assessores de Olmert negam que a demissão de Gilad prejudicará os esforços.

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O governo israelense havia condicionado o cessar-fogo com o grupo islâmico Hamas à libertação do sargento Gilad Schalit, capturado em 2006 na fronteira com Gaza.

Olmert tinha, aparentemente, a intenção de obter a libertação de Schalit nas próximas semanas, antes de deixar o cargo de primeiro-ministro para Benjamin Netanyahu, incumbido de formar o próximo governo do país.

Amos Gilad, um experiente oficial do Ministério da Defesa de Israel, declarou-se contrário à decisão de impor a libertação de Schalit como condição para a trégua com o Hamas. Gilad revelou sua opinião numa entrevista concedida na semana passada ao jornal israelense Maariv.

"Devido às inadequadas críticas públicas feitas pelo senhor Gilad, ele não pode continuar como enviado de nenhuma negociação política", diz a nota de Olmert.

Gilad deve ser substituído por Shalom Turgeman, que há anos atua como assessor de Olmert. Até ontem, nem Gilad nem o governo egípcio, que medeia a negociação de trégua, manifestaram-se sobre a demissão.

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