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O primeiro-ministro israelense Ehud Olmert fez um chamado nesta quinta-feira aos palestinos da Faixa de Gaza para que rejeitem o Hamas, grupo islâmico que controla o território, e disse também que não iria hesitar em usar a força para impedi-los de lançar foguetes contra o sul de Israel.

"Não vou hesitar em usar o poderio de Israel para atingir o Hamas e a Jihad (Islâmica). Como? Não entrarei em detalhes agora", disse Olmert em uma entrevista à TV árabe Al Arabiya, de Dubai, segundo informou o gabinete dele.

"Israel deixou Gaza cerca de três anos atrás, sem nenhuma intenção de retornar", disse Olmert, no apelo transmitido pela emissora árabe que tem ampla audiência em Gaza.

"Faz parte do espírito do Islã matar crianças inocentes, disparar foguetes contra jardins da infância e civis? Não acho que esse seja o espírito do Islã", disse Olmert.

"Que o Hamas faça isso em oposição ao espírito do Islã é a principal razão para o sofrimento de vocês e também o nosso. Digo para vocês em um chamado de última hora: parem com isso. Vocês, moradores de Gaza, podem fazer isso parar."

No Cairo, a ministra de Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, discutiu a crise com seu colega egípcio, Ahmed Aboul Gheit, que pediu que ambas as partes se contenham.

O conflito na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza entrou em nova escalada depois que na semana passada expirou a trégua de seis meses mediada pelo Egito.

"O Egito não vai interromper os esforços (para buscar uma trégua) enquanto os dois lados quiserem isso, mas nós não nos imaginamos convencendo os dois lados a voltarem à calma enquanto houver esta escalada", disse Aboul Gheit aos repórteres.

"Estamos pedindo aos dois lados que se contenham e depois iremos ver como fazer retornar aquele período de calma."

As conversações se realizaram um dia depois de militantes palestinos da Faixa de Gaza terem disparado mais de 80 foguetes e granadas de morteiros contra o sul de Israel, que por sua vem matou um militante do Hamas em um ataque aéreo.

Livni descreveu a última escalada como "insuportável". "Nós não podemos tolerar uma situação em que o Hamas continue a atacar Israel, os cidadãos de Israel. Essa situação vai mudar", disse Livni.

Pelo acordo que havia sido firmado em junho, o Hamas concordara em suspender os ataques de foguetes em troca de Israel aliviar o bloqueio que tinha sido reforçado contra a Faixa de Gaza depois que o grupo islâmico assumiu o poder do território, em junho de 2007.

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