O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, rebateu nesta segunda-feira críticas internacionais sobre os ataques na Faixa de Gaza e afirmou que não haverá negociações com o Hamas nem a troca de prisioneiros pelo soldado Gilad Shalit, capturado por milicianos 17 dias atrás.
Olmert estava especialmente irritado com a advertência da União Européia contra a "desproporcional ação" militar israelense em Gaza. Ele lembrou que palestinos lançaram 300 foguetes Qassam contra Israel no mês passado, em geral sem vítimas.
- Quando foi a última vez que a União Européia condenou isso? - perguntou o premier.
Olmert negou que a campanha militar tenha como objetivo derrubar o Hamas do governo palestino. Ele disse que sua intenção é deter terroristas e que a operação não tem prazo para terminar. Mas acrescentou:
- Não é um governo influenciado pelo terror. Esse governo é o terror.
Mas o ministro do Interior, Roni Bar On, afirmou que Israel estaria disposto a libertar centenas de prisioneiros após Shalit for solto.
- Se o soldado for solto, poderemos contemplar a possibilidade de uma libertação de presos - disse o ministro.
A declaração de Olmert veio no mesmo dia em que Khaled Meshaal, um líder exilado do Hamas, disse em Damasco que Shalit era um prisioneiro de guerra e que seria tratado de acordo com as convenções:
- A solução é simples: troca. Mas Israel a rejeita. Israel acha que vai levar o soldado de volta com a escalada (militar), mas está enganado.
Nove palestinos foram mortos nesta segunda-feira em ataques israelenses na região de Beit Hanoun, norte da Faixa de Gaza. Quatro deles pertenceriam a grupos extremistas. Mas, segundo as primeiras informações, outras quatro vítimas tinham entre 14 e 16 anos e jogavam futebol perto de um local de disparo de foguetes, bombardeado por Israel. Mais de 50 palestinos e um soldado israelense morreram desde o início da operação militar.
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