Jerusalém O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, pode ter favorecido políticos próximos a ele quando era dirigente do Likud e ocupava o cargo de ministro de Indústria e Comércio, segundo um relatório do Supervisor do Estado (Ombudsman), Micha Lindenstrauss.
O relatório divulgado ontem questiona a nomeação de empregados na Autoridade para Pequenos e Médios Negócios, organização privada e sem fins lucrativos, mas financiada pelo departamento ocupado por Olmert no governo do ex-primeiro-ministro Ariel Sharon.
Os investigadores consideram que o ministro e o então diretor do Ministério, Ranan Dinur, mudaram as normas que regem essa entidade para facilitar a nomeação como subdiretora geral de uma mulher politicamente próxima a Olmert, agora o dirigente máximo do Kadima, organização criada por Sharon e atual premier israelense, após abandonarem o Likud.
Por sua vez, a nova subdiretora designou três ativistas do Comitê Central do Partido Likud como diretores de três projetos dessa entidade privada.