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Palestina

OLP comemora 25 anos fazendo apelo por fim da "impunidade de Israel"

A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) fez um apelo à comunidade internacional nesta sexta-feira por medidas pelo fim da "cultura de impunidade de Israel", por ocasião do 25º aniversário da Declaração de Independência Palestina.

A organização manifesta em comunicado que "25 anos depois da Declaração de Independência, nosso histórico compromisso, a comunidade internacional deve assumir responsabilidade para acabar com a cultura de impunidade mediante a consecução de uma paz justa e duradoura".

Em 15 de novembro de 1988, o histórico líder da OLP, Yasser Arafat, leu em Argel uma declaração em que mostrava sua disposição a reconhecer pela primeira vez o direito de Israel a existir como Estado, e pedia sua retirada às linhas prévias à Guerra dos Seis Dias de 1967 para criar um Estado palestino.

Pouco depois Washington começou a falar com a OLP, o que conduziu à Conferência de Paz de Madri em 1991 e aos Acordos de Oslo dois anos mais tarde.

Imersa na enésima tentativa de negociação para um acordo de paz definitivo que conduza ao estabelecimento de um Estado palestino, a OLP não esconde sua frustração pelo que considera a falta de boa fé e responsabilidade de Israel no atual processo de diálogo.

"Israel reforçou seu controle do ocupado Estado da Palestina. Enquanto nós trabalhamos para construir nosso Estado independente, Israel continuou a colonização de nossa terra", diz a nota.

O texto lembra que em 1989 havia 189.900 colonos israelenses vivendo em território palestino, grupo que hoje passa de meio milhão.

O Departamento de Negociações da OLP anunciou ontem, quinta-feira, que continuará buscando a paz com Israel apesar da renúncia dos atuais negociadores Saeb Erekat e Mohammed Shteyeh pela continuação da construção em assentamentos em Jerusalém Oriental e Cisjordânia, informaram hoje veículos de imprensa locais.

A OLP explicou que a renúncia da delegação não "invalida o compromisso de continuar as negociações até o final do período de nove meses estipulado com Israel e Estados Unidos, que termina em 29 de abril de 2014".

A organização ressaltou que a liderança palestina continuará seu processo de consultas internas e contatos com a Liga Árabe, a Rússia, a União Europeia, os Estados Unidos e a ONU, assim como com outros atores internacionais, visando a avançar na causa justa da paz entre israelenses e palestinos.

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