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A liderança palestina disse neste sábado (2) que negociações diretas com Israel não serão retomadas até que seja interrompida a construção de novos assentamentos israelenses nos territórios ocupados.

As negociações mediadas pelos Estados Unidos e iniciadas há um mês em Washington, mergulharam em uma crise nesta semana com a conclusão de uma moratória de 10 meses de Israel sobre a construção de novos assentamentos na Cisjordânia. Israel disse que não estenderia o congelamento.

"A retomada dos diálogos requer medidas tangíveis, e a primeira delas e o congelamento dos assentamentos", disse o líder da Organização de Libertação da Palestina (OLP) Yasser Abed Rabbo após uma reunião com a comissão executiva da OLP em Ramallah.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, realizaram três rodadas de diálogos diretos desde o início das negociações no dia 2 de setembro.

"A liderança palestina responsabiliza Israel pela obstrução das negociações", acrescentou Abed Rabbo. Abbas, chefe da OLP, coordenou a reunião.

O fim do congelamento das construções, implementado por Israel sob pressão norte-americana, já havia sido apontado como um empecilho à tentativa do presidente dos EUA, Barack OBama, para firmar um acordo de paz no Oriente Médio ainda neste ano.

Palestinos dizem que o crescimento dos assentamentos nos territórios ocupados por Israel desde 1967, impossibilitará o estabelecimento de um Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza - objetivo das negociações de paz.

Cerca de 500 mil pessoas já se assentaram no território onde os palestinos querem estabelecer seu Estado, com Jerusalém Oriental como sua capital. Para Israel, a Cisjordânia é a "Judeia e Samaria" - onde os judeus encontram seu passado bíblico.

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