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Foto de  2003 mostra Haitham Bin Tariq Al Said, então Ministro da Cultura de Omã, recebendo o Príncipe Charles no aeroporto.
Foto de 2003 mostra Haitham Bin Tariq Al Said, então Ministro da Cultura de Omã, recebendo o Príncipe Charles no aeroporto.| Foto: AFP

Omã anunciou na manhã deste sábado (11) que o ministro da cultura Haitham bin Tariq Al Said será o novo líder do país, encerrando a especulação sobre quem assumiria o posto deixado pelo sultão Qaboos bin Said.

O anúncio foi feito pela TV estatal e veiculado com imagens de arquivo mostrando milhares de pessoas reunidas na capital, Mascate, para o funeral de Qaboos, que liderou o país por 50 anos e não deixou herdeiros. A escolha de seu sucessor foi um segredo mantido cuidadosamente pelo sultão.

"Este é um dia triste para Omã, mas também representa um novo começo com um novo líder", disse um apresentador da TV estatal.

O sucessor de Qaboos é um diplomata de carreira cujo papel como ministro da Herança Nacional e Cultura ajudou a projetar a influência de Omã. Ele ainda trabalhou por 16 anos com o ministro de Relações Exteriores e seu secretário geral.

De acordo com a mídia local do Golfo, o novo sultão Haitham também era primo de Qaboos e foi eleito em um longo e complicado processo transmitido pela TV estatal após o velório de seu antecessor.

Seguindo a tradição, o Conselho de Defesa do país abriu uma carta, na presença do Conselho da Família Real, na qual Qaboos havia indicado o nome do herdeiro de sua dinastia.

De acordo com as leis de Omã, o documento deveria ser aberto caso a Família Real não conseguisse entrar em um acordo sobre o sucessor no prazo de três dias. A rapidez no anúncio de um novo sultão sugere que a família real tinha pressa em apontar um novo líder, o que ajudaria a projetar um clima de união, continuidade e estabilidade enquanto as tensões no Golfo Pérsico têm aumentado com os conflitos entre EUA e Irã.

Com o novo anúncio, a família Al Said tem governado o país desde o século 18.

Qaboos chegou ao poder em 1970, depois de aplicar um golpe em seu próprio pai, Said bin Taimur. Ao sultão é atribuída a modernização e o desenvolvimento do país, que não conta com grandes reservas de petróleo como os demais vizinhos do Golfo Pérsico.

Venerado em Omã, pouco se sabe da vida privada de Qaboos, que nunca se casou ou teve filhos.

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