
Os 159 membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) chegaram ontem a um acordo para impulsionar o comércio mundial pela primeira vez em quase duas décadas. Com isso, mantém viva a possibilidade de que um pacto mais amplo para criar condições de concorrência igualitárias poderá ser alcançado no futuro.
O acordo poderá acrescentar bilhões de dólares para a economia global ao facilitar o fluxo de bens em alfândegas. O acordo foi firmado em Bali, depois de quatro dias de reunião, e ainda precisa de aprovação formal na OMC, que deverá acontecer em 2015.
Há dois anos, os membros da OMC concordaram em desistir do ambicioso objetivo de eliminar ou reduzir as tarifas sobre uma série de bens e serviços. Em vez disso, a OMC passou a se focar em metas mais realizáveis, incluindo um esforço para simplificar os procedimentos de alfândega, peça central do acordo.
Durante as negociações desta semana, o pacto parecia fora de alcance, com objeções de vários países. No final, um acordo de última hora foi alcançado nas primeiras horas do fim de semana, o que permitiu que altos funcionários presentes na reunião clamassem vitória.
"Nós colocamos o mundo de volta para a OMC", disse Roberto Azevêdo, diretor-geral da OMC.
Segundo a Câmara de Comércio dos EUA, a "OMC estabeleceu novamente a sua credibilidade como um fórum indispensável para as negociações comerciais."



