A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou nesta terça-feira (1º) o uso emergencial da vacina chinesa CoronaVac para maiores de 18 anos, com intervalo de duas a quatro semanas entre a primeira dose e a segunda. De acordo com a organização, o imunizante cumpre padrões internacionais de segurança, eficácia e fabricação.
A CoronaVac é a sexta vacina a receber a chancela do órgão, após autorização das vacinas da Pfizer/BioNTech, AstraZeneca/Oxford, Johnson & Johnson, Moderna e a chinesa Sinopharm. Após serem aprovadas pela OMS, elas podem ser incorporadas ao mecanismo Covax, para distribuição global.
Com isso, a entidade diz que dá a países, financiadores e comunidades a garantia de que ela "atende aos padrões para segurança, eficácia e fabricação". O imunizante é o mais utilizado no Brasil até o momento, com fabricação pelo Instituto Butantan.
A declaração dada agora pela OMS é um requisito para que a vacina seja ofertada no Mecanismo Covax e para que participe de licitações internacionais. "Isso permite que países acelerem sua própria aprovação regulatória para importar e administrar vacinas contra a Covid-19", diz a entidade.
A avaliação é feita por um grupo composto por especialistas em regulação do mundo e por um Grupo de Aconselhamento Técnico. A OMS disse que, no caso da CoronaVac, a avaliação incluiu inspeções in loco da produção na China.
A OMS diz que a vacina usa o vírus inativado e tem requisitos "simples" para estocagem, o que a torna "muito gerenciável e particularmente adequada" para condições de "baixos recursos".
"Os resultados de eficácia mostraram que a vacina evitou a doença sintomática em 51% dos vacinados e evitou Covid-19 severa e hospitalizações em 100% da população estudada", destaca a OMS.
A entidade nota que poucos adultos a partir de 60 anos fizeram parte dos estudos clínicos, por isso a eficácia não pôde ser estimada para essa faixa etária. Ainda assim, a OMS diz que não está recomendando um limite máximo de idade, pois dados posteriores em vários países sugerem que ela também protege os mais velhos. "Não há razão para acreditar que a vacina tenha um perfil de segurança diferente em populações mais velhas e mais novas", diz a instituição.