Genebra Quatro crianças angolanas receberam diagnóstico de poliomielite, mas os esforços para livrar o mundo da doença estão avançando, assegurou ontem em Genebra a direção da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Os novos casos elevam a dez o número de crianças angolanas afetadas pela pólio neste ano, prosseguiu a OMS. Uma campanha nacional de vacinação está marcada para 31 de agosto.
"A qualidade das campanhas de imunização precisa ser melhorada" em Angola, comentou Oliver Rosenbauer, porta-voz do programa da OMS para erradicação da poliomielite.
Segundo ele, a OMS está trabalhando com autoridades locais para melhorar o acompanhamento da doença no país.
A poliomielite ressurgiu em 27 países da África, da Ásia e do Oriente Médio a partir de 2003, quando clérigos islâmicos da Nigéria promoveram um boicote a uma campanha de vacinação sob a alegação de que a imunização seria um complô liderado pelos Estados Unidos para tornar os muçulmanos inférteis e infectá-los com o vírus causador da aids.
A doença voltou a Angola em 2005, depois de quatro anos sem nenhum registro da doença, mas todas as infecções estavam ligadas a uma cepa indiana do vírus. A doença também é endêmica no Afeganistão e no Paquistão.
Em 2006, a OMS registrou 1.874 casos de poliomielite no mundo, acima dos 1.749 casos diagnosticados no ano anterior. De janeiro a agosto deste ano, 345 casos foram registrados.
Segundo Rosenbauer, a OMS está "mais otimista do que esteve em muito tempo" com relação à oportunidade de finalmente erradicar a doença.
A poliomielite dissemina-se quando pessoas que não foram vacinadas entram em contato com as fezes das pessoas contaminadas. A doença também passa pela água.
Ela ataca o sistema nervoso, provoca paralisia, atrofia muscular deformação e, em muitos casos, a morte. Apesar disso, apenas uma em cada 200 crianças infectadas desenvolve os sintomas.
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