Genebra (AE) A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu uma estratégia para conter uma eventual pandemia de gripe aviária no mundo e exige dos governos nacionais a responsabilidade em manter em quarentena todas as pessoas que estejam em locais onde o surto tenha surgido. Os países também serão responsáveis por distribuir remédios. "Quando um novo vírus da gripe comece a ser transmitido entre pessoas de uma forma sustentável, a propagação mundial do vírus será considerada como inevitável", alerta a OMS.
Com os casos de gripe aviária surgindo a cada dia em distintos países europeus, a OMS teme que o vírus possa "pular" para seres humanos. O documento com a estratégia da OMS foi enviado a todos os governos e a entidade espera, assim, começar a coordenar os distintos países caso a pandemia de fato apareça.
Segundo a estratégia estabelecida, os países precisariam realizar a vigilância das zonas afetadas e também garantir que a população que não foi atingida possa receber remédios e informações. Os governos ainda serão obrigados a informar a OMS caso haja qualquer sinal de um surto, precisariam mobilizar recursos públicos e deslocar funcionários para conter o problema.
Já a OMS e outras organizações mundiais teriam a responsabilidade de mobilizar e coordenar toda a ajuda internacional para os locais afetados.
Para a agência da ONU, outra questão que precisará ser coordenada é a distribuição de remédios no mundo. Pela estratégia estabelecida, o acesso da população ao tratamento deve ser gerenciada pelos governos nacionais e os primeiros a receberem os estoques do antiviral devem estar nos locais onde os países querem que haja uma contenção do surto. Na Roche, empresa que fabrica um dos antivirais indicados, o Tamiflu, especialistas reconhecem que a distribuição do remédio será algo muito delicado a ser definido pelos governos, principalmente porque não haverá produto para todos na maioria dos locais onde o surto pode surgir.
Até hoje, 170 pessoas em todo o mundo já foram infectadas pelo vírus, resultando na morte de 90 delas. Por enquanto, as mortes ocorreram na Ásia e a OMS destaca que o continente americano é o único a não ter registrado a doença.
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