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Saúde

OMS estuda missão para investigar gripe aviária na China

Após a sétima morte por gripe aviária na China nas últimas duas semanas, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estuda o envio de especialistas ao país para investigar o novo vírus H7N9, que já contaminou 24 pessoas. Segundo o chefe do escritório da OMS na China, Michael O"Leary, a organização "confia" nos esforços da China de monitorar e controlar o surto de infecções, mas que, por conta do "grande interesse mundial" no H7N9, analisa enviar uma missão.

"A responsabilidade da OMS é, em parte, servir como uma ligação entre a China e o resto do mundo", disse. Em 2002, no início do surto da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, em inglês), autoridades chinesas tentaram acobertar os casos.

Em pouco mais de seis meses, a epidemia havia se espalhado por 37 países, matando 10% dos mais de 8 mil contaminados.O"Leary disse, contudo, que o surto do H7N9 não é motivo para pânico. "É um número relativamente pequeno de casos sérios com implicações médicas e de saúde pessoal, mas não há neste estágio implicações conhecidas para a saúde pública."

Apesar de já ter havido surtos anteriores de gripe aviária com o H5N1 e da chamada gripe suína (vírus H1N1), as características do H7N9 ainda são desconhecidas. Um aposentado de 64 anos de Xangai foi a última vítima do vírus, transmitido por aves. A OMS diz que ainda não há evidência de transmissão do vírus entre humanos.

Nos últimos dias, mercados de aves vivas na China e aviários foram fechados e mais de 20 mil aves foram sacrificadas. O governo local ainda monitora 621 pessoas que estiveram próximas às pessoas contaminadas.

Impacto

Devido à possibilidade de propagação do surto, ações de companhias aéreas já caíram na Europa e em Hong Kong. Os casos da doença foram identificados até agora nas províncias de Zhejiang, Jiangsu e Anhui, no leste do país.

Outras regiões, como Hong Kong e Taiwan, no entanto, aumentaram as medidas de precaução e estão examinando pacientes com suspeita de ter contraído o H7N9.

Alguns jornais e internautas chineses questionaram o governo pela demora em divulgar os novos casos: duas das vítimas teriam adoecido em fevereiro. Neste domingo, a diretora da Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar da China, Li Bin, disse estar confiante de que as autoridades vão conter o vírus.

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