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Ala especial para o isolamento de pacientes com suspeita de varíola dos macacos em hospital de Mumbai, Índia
Ala especial para o isolamento de pacientes com suspeita de varíola dos macacos em hospital de Mumbai, Índia| Foto: EFE/EPA/DIVYAKANT SOLANKI

O surto de varíola dos macacos é “improvável” de se tornar uma pandemia como a Covid-19, apesar de sua rápida propagação no último mês, disse nesta segunda-feira (30) a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Não acreditamos que esse surto leve ao início de uma nova pandemia porque é um vírus conhecido, temos as ferramentas para controlá-lo e nossa experiência nos diz que não é tão facilmente transmitido em humanos como nos animais”, disse a especialista em varíolas da OMS Rosamund Lewis.

Até agora, desde que o Reino Unido registrou o primeiro caso confirmado de varíola dos macacos no último dia 7, a OMS recebeu notificações de um total de 257 casos confirmados em laboratório e cerca de 120 suspeitos em 23 países.

Na Espanha, 98 casos foram confirmados até o momento, segundo informou o Ministério da Saúde na última sexta-feira.

Rosamund Lewis advertiu que, embora o risco de representar um problema grave de saúde pública seja baixo, a situação é “incomum” porque o vírus está se espalhando rapidamente em países onde não é endêmico (somente é endêmico nos países da África Central e ocidentais).

Por isso, pediu às autoridades que trabalhem em conjunto com a OMS para aplicar as medidas necessárias para ajudar a conter o surto.

A especialista declarou que dos 257 casos confirmados, nenhum está relacionado a viagens para países onde esse tipo de varíola é endêmica e, portanto, continuam estudando a origem do surto.

Em relação à transmissão desta doença - cujos principais sintomas são febre, dores musculares, cansaço e pequenas erupções cutâneas -, estudos preliminares indicam que as principais vias de infecção são o contato próximo com feridas, fluidos corporais e materiais contaminados, como roupas ou talheres de uma pessoa infectada.

Até o momento, não há evidências de que mães lactantes infectadas carreguem o vírus em seu leite, embora haja um alto risco de infectar o bebê durante a amamentação porque é necessário contato próximo pele a pele, disse Lewis.

Ela acrescentou que há uma alta probabilidade de transmissão do vírus pela boca, onde se concentram úlceras altamente infecciosas.

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