A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu desculpas nesta segunda-feira por não conseguir alcançar a meta de distribuir medicamentos anti-retrovirais a três milhões de pessoas em países em desenvolvimento até o fim de 2005.
O dr. Jim Yong Kim, diretor do departamento de HIV/Aids da OMS, reconheceu que a OMS não agiu rápido o suficiente para cumprir o ambicioso plano de 'três por cinco'. "Eu preciso dizer que estou extremamente desapontado comigo e com meus colegas porque não agimos com a rapidez suficiente - não salvamos vidas o suficiente", disse Kim em entrevista à BBC.
A OMS e o a Unaids (programa das Nações Unidas para o combate ao HIV/Aids) esperavam fornecer remédios a três milhões dos seis milhões de moradores de países em desenvolvimento que necessitam de tratamento, mas a aceleração real em números que eles esperavam obter não se concretizou.
O número exato de pessoas com Aids ou HIV em tratamento vai ser anunciado no início do ano que vem. Em junho, Kim disse que um milhão de pessoas em países pobres estavam recebendo as drogas.
- Tudo o que podemos fazer é pedir desculpas - disse ele, a menos de uma semana do Dia Mundial da Luta contra a Aids, celebrado em 1º de dezembro.
Apesar de a marca dos três milhões não ter sido alcançada, Kim disse que ele não considera que a iniciativa tenha fracassado porque o programa conseguiu aumentar o número de pessoas que recebem tratamento com anti-retrovirais.
Em razão dessa iniciativa, muitos países uniram-se ao programa e passaram a fornecer medicamentos anti-Aids.
O número de pessoas sob tratamento na Ásia cresceu de 55 mil para 155 mil desde junho de 2004. No Leste Europeu e na Ásia Central o número de pacientes em tratamento quase dobrou em um ano, chegando a 20 mil, segundo um relatório divulgado em junho.
Kim afirmou que antes da iniciativa não havia metas para tratamento ou prevenção contra a disseminação do HIV/Aids, que matou 3,1 milhões de pessoas em 2005.
Mais de 40 milhões de pessoas no mundo vivem com HIV/Aids, de acordo com os últimos dados da Unaids.
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