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Mercado aberto em ponte sobre o Rio Artibonite, que tem suas águas contaminadas pela bactéria da cólera | Sophia Paris/AFP
Mercado aberto em ponte sobre o Rio Artibonite, que tem suas águas contaminadas pela bactéria da cólera| Foto: Sophia Paris/AFP

Ajuda

Brasil envia soro e sais de reidratação

O Brasil, que chefia a missão de paz da ONU no Haiti, enviou ontem ao país insumos e medicamentos para tratar as pessoas afetadas pela epidemia de cólera, informou o Ministério da Saúde do Brasil. O carregamento inclui 10.575 frascos de hipoclorito de sódio, 12.600 envelopes de sais para reidratação oral, 3.500 frascos de soro injetável, 16.200 equipamentos para aplicação intravenosa de soro e 43.200 pares de luvas descartáveis.

Além disso, dois médicos epidemiologistas do Ministério da Saúde deveriam partir ainda ontem a Porto Príncipe para apoiar as ações de combate à epidemia de cólera. O comitê gestor Brasil-Haiti informou que mais insumos e remédios poderão ser enviados.

País vizinho fecha fronteira para evitar contaminação

Agência Estado

Santo Domingo - A República Dominicana fechou sua fronteira com o Haiti ontem pa­­ra evitar a disseminação de uma possível epidemia de cólera, que tem se espalhado nos últimos dias pelo país já atingido por um terremoto este ano. Autoridades em Santo Domingo disseram que a entrada no país para pessoas vindas do Haiti será bastante restrita, e a segurança fronteiriça ficará reforçada para garantir o cumprimento das novas normas. "Nós manteremos supervisão estrita de nossos portos, aeroportos e pontos de passagem fronteiriça para evitar a transmissão da doença em nosso país", disse Bautista Rojas, ministro da Saúde na nação caribenha, segundo a imprensa local.

Funcionários dominicanos disseram que apenas os haitianos com os vistos necessários e que passaram por um exame médico rigoroso poderão entrar no país, segundo jornais locais. Até agora, não há registro de casos de cólera na República Dominicana.

Porto Príncipe - A Organização Mundial da Saú­­de (OMS) acredita que haja novos casos de cólera no Haiti, ao mesmo tempo em que persistem os temores sobre uma expansão da doença nos campos de refugiados, embora a epidemia pareça abrandar com uma queda na ta­­xa de mortes.

A doença já matou 259 pessoas e o medo da infecção se espalhou pelos miseráveis assentamentos, onde milhares se aglomeram desde o terremoto de ja­­neiro que devastou a capital hai­­tiana. O Ministério da Saúde do Haiti confirmou 3.342 casos da doença.

O terremoto do início do ano deixou mais de 250 mil mortos e forçou 1,3 milhão de haitianos a se refugiar nesses acampamentos improvisados e com péssimas condições sanitárias.

"Uma epidemia de alcance nacional de milhares de casos é uma possibilidade real", disse a ONU em um comunicado divulgado na segunda-feira, enquanto as agências de ajuda humanitária aumentavam seus esforços para manter a salvo a miríade de acampamentos da capital Porto Príncipe.

Inter

A República Dominicana organizou um plano de contingência na zona fronteiriça, fechando parcialmente quatro pontos de passagem àqueles que não tiverem passaporte. "A cólera é uma doença fácil de tratar", declarou o porta-voz de Desastres da OMS, Paul Gar­­wood.

A França enviará missões médicas ao Haiti e doará uma ajuda de 100 mil euros, anunciou hoje o porta-voz da chancelaria francesa, Bernard Valero.

Um médico e dois especialistas em puericultura partirão das Antilhas francesas rumo a Porto Príncipe para reforçar a ajuda médica, principalmente nas creches e nos orfanatos.

Antes do fim de semana, uma segunda missão partirá de Paris, para levar ajuda médica e científica ao Ministério haitiano da Saúde, que já trabalha em conjunto com franceses.

A Cruz Vermelha francesa, por sua vez, anunciou nesta terça-feira que instalará no Haiti duas unidades de tratamento de água.

A União das Nações Sul-Ame­­ricanas (Unasur) enviará nesta terça-feira um primeiro carregamento de ajuda, anunciou por sua vez o governo equatoriano, que preside o organismo.

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