A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta sexta-feira (1º) que alguns laboratórios podem passar a produzir vacinas contra o novo tipo de gripe dentro de algumas semanas para proteger as pessoas contra o vírus H1N1.

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A diretora para iniciativas de pesquisa em vacinas da OMS, Marie-Paule Kieny, afirmou que a agência está em conversações com empresas farmacêuticas para discutir a possibilidade de suspender a produção de vacinas para gripe sazonal e passar a produzir uma vacina para a nova cepa H1N1. Casos de infecção pelo vírus já foram registradas em 13 países.

"Nós não temos dúvida de que é possível desenvolver uma vacina eficaz", disse a diretora, acrescentando que pode levar entre quatro e seis meses para estar disponível.

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Marie-Paule disse ainda que as amostras para desenvolver a vacina devem estar prontas para serem enviadas aos laboratórios para produção em meados e fim de maio.

A OMS também negocia com o laboratório suíço Roche, fabricante do antiviral Tamiflu, para disponibilizá-lo para países em desenvolvimento. O Tamiflu tem eficácia comprovada contra a nova doença.

Alerta

Os especialistas em gripe que assessoram a OMS a respeito de eventuais alterações no seu nível de alerta contra pandemias não têm novas reuniões marcadas, embora possam ser convocados em caráter imediato caso o atual surto global de gripe se amplie, disse um porta-voz da OMS na sexta-feira.

O comitê de emergência pode recomendar à diretora-geral da OMS, Margaret Chan, que eleve o nível de alerta para fase 6, o topo da escala, o que colocaria o mundo oficialmente em situação de pandemia (epidemia global de uma doença nova e letal). O nível de alerta passou na quarta-feira para 5, indicando uma pandemia iminente do vírus A (H1N1), que surgiu no México na semana passada.

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Para declarar pandemia, a OMS deve estar convencida de que a dita "gripe suína" está se espalhando de forma sustentada em alguma região além da América do Norte.

"A chave é realmente procurar a transmissão comunitária sustentada", disse o porta-voz da OMS Thomas Abraham a jornalistas. "Ou seja, evidência de que o vírus está realmente ficando incrustado nas comunidades, e não apenas sendo trazido por viajantes, passando para um par de pessoas e então sumindo."

Na quinta-feira, a OMS disse que deixaria de usar o nome "gripe suína" porque não há evidências de porcos contaminados, nem de contágio de porcos para humanos. O nome estava prejudicando suinocultores do mundo todo, embora especialistas garantam que não há risco no consumo da carne de porco e derivados.

"Estávamos muito preocupados com relatos de que porcos estavam sendo abatidos, que pessoas que normalmente comeriam porcos estavam hesitando em fazê-lo", disse o porta-voz, explicando a mudança da denominação.

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