Pelo menos 10 pessoas morreram até agora na onda de violência sem precedentes desencadeada por organizações criminosas no Equador, segundo informou nesta quarta-feira (10) a imprensa local.
As duas últimas mortes relatadas nos ataques registrados nesta terça-feira (9) são dois policiais “vilmente assassinados por criminosos armados” em Nobol, afirmou a Polícia Nacional do país.
Anteriormente, outras oito pessoas foram mortas nos ataques do crime organizado ocorridos no mesmo dia em Guayaquil, a cidade mais populosa do país, capital da província de Guayas. “Este é o sacrifício que juramos à pátria e não descansaremos até encontrarmos os responsáveis por este ato criminoso”, disseram as autoridades policiais por meio das redes sociais.
O presidente do Equador, Daniel Noboa, emitiu um decreto declarando a existência de um conflito armado interno em nível nacional e ordenando que as forças militares atuem para desmantelar 22 grupos do crime organizado transnacional classificados como organizações e atores terroristas não estatais beligerantes.
Em uma mensagem publicada hoje em sua conta no X, a Polícia Nacional do Equador relatou os resultados preliminares de suas ações contra os autores dos ataques e atos terroristas.
Segundo os responsáveis pelas investigações, 70 pessoas foram presas, três dos seus agentes feitos reféns foram libertados e 17 fugitivos recapturados, além de terem sido apreendidas armas, munições, explosivos e veículos.
Nas últimas horas, a Assembleia Nacional do Equador manifestou seu apoio às Forças Armadas, à Polícia Nacional e a outros responsáveis encarregados de manter a segurança e a paz diante da onda de violência que assola o país e anunciou que aplicará "indultos e anistias" nos casos em que seja necessário garantir que possam cumprir sua tarefa.
Em um comunicado publicado no X, membros do Legislativo equatoriano disseram aos cidadãos que trabalham “em unidade, independentemente das diferentes correntes políticas e ideológicas”. (Com Agência EFE)