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Barracas e restos de objetos usados por manifestantes ficaram espalhados na Praça Pearl, centro da capital do Bahrein, após militares terem invadido o local | Hamad Mohammed/Reuters
Barracas e restos de objetos usados por manifestantes ficaram espalhados na Praça Pearl, centro da capital do Bahrein, após militares terem invadido o local| Foto: Hamad Mohammed/Reuters

As últimas manifestações

Atos contra o governo se intensificam no Bahrein e na Líbia e prosseguem no Iêmen e no Iraque

Bahrein - 4º dia de protestos

- 7 mortos.

- Oposição quer governo eleito, mas poupa rei.

Líbia - 2º dia de protestos

- 13 mortos.

- Oposição quer saída de Kadafi, desde 1969 no poder.

Iêmen - 7º dia de protestos

- 6 mortos.

- Oposição quer saída de Ali Saleh, há 32 anos no cargo.

Iraque - 3º dia de protestos

- 4 mortos.

- Protestos visam governos central e locais e inflação.

Palestinos

- A Autoridade Nacional Palestina (ANP) anunciou eleições para evitar eclosão de protestos, mas ameaça suspendê-la caso não haja pleito em Gaza.

Egito - 18 dias de protestos

- 365 mortos.

- Manifestantes depuseram o ditador Hosni Mubarak na última sexta-feira.

Tunísia - 1 mês de protestos

- Mais de 200 mortos.

- Manifestantes depuseram ditador Zine el Abidine Ben Ali em janeiro.

Fonte: Folhapress

A frota norte-americana

Base da Marinha dos Estados Unidos patrulha todo o Golfo Pérsico e entorno.

Área de responsabilidade

- 20 países do Oriente Médio África e Ásia; Golfo Pérsico, Mar Vermelho, Golfo de Omã e parte do Oceano Índico

Marinheiros

- 15 mil

Militares no porto do Bahrein

- 4.500

Navios

- Cerca de 20 embarcações, entre porta-aviões, destroieres, para desembarque de fuzileiros, de patrulha e reconhecimento e submarinos nucleares**

**O número de embarcações varia de acordo com um rodízio regular de tropas

Fontes: Marinha dos EUA, CIA World Factbook e Globalsecurity.org

Dubai - A onda de manifestações contra vários regimes autoritários estabelecidos há décadas no Ori­­ente Médio e no Norte da Áfri­­ca deixou pelo menos 21 mortos na Líbia, Bahrein, Iêmen e Iraque em 48 horas.

A revolta popular que começou na Tunísia e no Egito encorajou os movimentos de protestos nos países vizinhos. Os manifestantes protestam contra o au­­toritarismo, corrupção, nepotismo e problemas eco­­nômicos e sociais.

Na Líbia, opositores do ditador Muamar Kadafi promoveram ontem um "dia de fúria’’. Choques entre opositores e grupos pró-Kadafi deixaram pelo menos 13 mortos.

Sites oposicionistas chegaram a divulgar que 20 pessoas morreram, mas os números não foram confirmados.

No Bahrein, soldados com veí­­culos blindados ocuparam a capital do pequeno país do Golfo Pérsico. Cinco pessoas foram mor­­ tas ontem, elevando para 7 o nú­­mero de mortos desde o início dos protestos. A oposição diz que há dezenas de presos e cerca de 60 desaparecidos.

No Iêmen, quatro manifestantes foram mortos na cidade portuária de Áden (sul), no sétimo dia de protestos. Agora são seis o número de mortos após o início das manifestações no país, um dos mais pobres da região.

No Iraque, uma pessoa morreu e 33 ficaram feridas quando a polícia abriu fogo contra manifestantes que faziam um protesto contra o governo local em Sulai­­maniya (nordeste), segundo testemunhas e fontes médicas.

Bahrein abriga base militar dos EUA

A importância estratégica do Bahrein – ilha no Golfo Pérsico equivalente à metade da cidade de São Paulo – para os Estados Unidos reside, entre outras coisas, no fato de o país abrigar a Quinta Frota da Marinha norte-americana.

A base tem sob sua responsabilidade patrulhar todo o golfo e entorno, chegando até o oceano Índico, em uma área que abrange 20 países, e abriga cerca de 20 mil oficiais americanos.

Além disso, a Quinta Frota cumpre o papel de conter a presença do Irã no golfo, região responsável por 40% da produção de petróleo no mundo e dois terços das reservas, além de ser crucial para o comércio global do recurso.

Já a vizinha Arábia Saudita teme que os protestos liderados pela maioria xiita do Bahrein – e uma eventual deposição do regime – motivem um levante semelhante em seu território.

Governado há dois séculos pela família do rei Hamad bin Isa al Khalifa, o Bahrein foi até os anos 70 um protetorado britânico. Habitam no país cerca de 1,3 milhão de pessoas, sendo 700 mil locais e o resto estrangeiros, muitos sunitas que recebem incentivos e empregos do governo.

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