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Homens armados usando uniformes militares retiraram, na noite de segunda-feira, sete pessoas de uma mesquita sunita ao sul de Bagdá e em seguida as executaram a tiros, elevando para 70 o número de mortos no país segunda-feira, até agora o dia mais sangrento do ano no Iraque.

Esses assassinatos ocorreram no final de um dia em que uma série de ataques violentos foi registrado no país, abrangendo eles ataques suicidas, bombas à margem de estradas e disparos. A violência lembra o derramamento de sangue diário registrado no país alguns anos atrás e representa uma forte advertência de que a Al-Qaeda no Iraque ainda é uma força que não pode ser desconsiderada

O fato de militantes terem conseguido provocar uma onda de violência é bastante preocupante quando se leva em conta que as forças norte-americanas devem sair do Iraque até o final do ano, deixando a segurança nas mãos das forças iraquianas, ainda em fase de estruturação.

Autoridades iraquianas anunciaram no início deste mês que discutiriam com os Estados Unidos a possibilidade de manter um pequeno grupo de oficiais para treinar seus militares após 31 de dezembro, mas nenhum acordo foi fechado.

No ataque da noite de segunda-feira, os homens caminharam até uma mesquita sunita da cidade de Youssifiyah durante as orações da noite, levaram sete homens para fora e atiraram contra eles, segundo informações de funcionários do Ministério do Interior e do hospital da cidade, que falaram em condição de anonimato.

Os homens eram todos integrantes de uma milícia criada durante o pico do conflito sectário e já haviam sido aliados da Al-Qaeda, mas posteriormente se voltaram contra o grupo.

Youssifiyah fica a cerca de 20 quilômetros ao sul de Bagdá e já foi uma das regiões mais violentas do país, tendo ganhado o apelido de Triângulo da Morte. Trata-se de uma área dominada por sunitas que também abriga muitas famílias xiitas.

Após os assassinatos, os homens gritaram que eram combatentes do Estado Islâmico do Iraque, um grupo ligado à Al-Qaeda. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pela onda de ataques da segunda-feira, mas poucos têm a capacidade de organização para realizar ataques tão sofisticados e abrangentes. O uso de suicidas e o fato de que muitos alvos eram civis xiitas e forças de segurança iraquianas também indicam que a Al-Qaeda no Iraque foi responsável pela onda de violência. As informações são da Associated Press.

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