Fila para vacinação contra Covid-19 na Venezuela.| Foto: Miguel Gutiérrez/EFE
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A ONG Médicos Unidos da Venezuela (MUV) alertou neste domingo que a pandemia da Covid-19 está "fora de controle" no país, considerando que não há "controle das informações", das mortes ou "do que acontece nos hospitais".

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"É cada vez mais evidente que não há controle sobre a informação. Não há controle de morbidade. Não há controle de óbitos. Não há controle do que acontece nos hospitais e não há controle de vacinação. Este é um alerta, a pandemia na Venezuela está fora de controle", escreveu a ONG em sua conta no Twitter.

Segundo dados oficiais divulgados pelo governo e questionados por várias associações médicas e pela oposição, foram registrados 250.309 casos e 2.814 mortes por Covid-19 na Venezuela desde o início da pandemia.

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Em relação às vacinas, informações oficiais indicam que o país já recebeu 3,23 milhões de doses.

Esse número inclui um lote de 500 mil doses da vacina russa Sputnik V que chegou ontem.

A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, afirmou recentemente que "cerca de 11% dos venezuelanos foram vacinados contra a covid-19" - aproximadamente 3,3 milhões de pessoas - embora não tenha detalhado quantos cidadãos receberam uma única dose e quantos completaram a imunização.

Para vacinar 11% da população, são necessárias 6,6 milhões de doses, já que tanto a Sputnik V quanto a chinesa VeroCell, do laboratório Sinopharm - que são as vacinas recebidas pela Venezuela -, são de dupla aplicação.

No entanto, o governo só havia informado até ontem sobre a chegada de 2,73 milhões de doses divididas em nove remessas - sete da Rússia e duas da China -, por isso não se sabe quando foram recebidas as 570 mil que faltavam para completar metade da imunização de 3,3 milhões de pessoas, equivalente aos 11% referidos por Delcy Rodríguez.

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Nesse sentido, o ministro da Saúde, Carlos Alvarado, afirmou ontem que, com o novo lote, a Venezuela já tem "vacinas suficientes para imunizar 13% da meta, que é de 22 milhões de pessoas".

Como parte de suas críticas, o MUV questionou os motivos do surto de Covid-19 na concentração da seleção venezuelana de futebol - que disputa a Copa América que teve início hoje no Brasil - onde as autoridades detectaram 11 casos de coronavírus.

"Temos o direito de saber o que aconteceu com a seleção porque é o nosso patrimônio esportivo no futebol e se trata de seres humanos públicos que vão interagir com outros jogadores que estão em risco e merecem ser protegidos", escreveram na mesma rede social.