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Centro para os Defensores e a Justiça (CDJ) apontou que a ditadura de Nicolás Maduro segue “com a criminalização, a repressão e o controle social” de órgãos de defesa dos direitos humanos na Venezuela
Centro para os Defensores e a Justiça (CDJ) apontou que a ditadura de Nicolás Maduro segue “com a criminalização, a repressão e o controle social” de órgãos de defesa dos direitos humanos na Venezuela| Foto: EFE/Rayner Peña

Pelo menos 288 agressões a defensores de direitos humanos foram documentadas na Venezuela ao longo deste ano, segundo informou nesta quarta-feira (28) a ONG Centro para os Defensores e a Justiça (CDJ), que responsabiliza o governo do país pelos ataques.

A advogada Mariana Romero, integrante da organização, explicou que entre 2017 e 2022 foram registradas 2.050 agressões, entre as quais figuram ameaças e intimidações, perseguição, promoção de leis restritivas e ataques digitais contra ativistas e agrupamentos sociais.

“Apenas neste ano, nos preocupa o aumento significativo destas agressões, com 288 contra a defesa, promoção e exigência de direitos”, afirmou Romero, durante um fórum virtual organizado pela Anistia Internacional.

A jurista acredita que o Estado “não tem uma intenção real de cumprir com as 328 recomendações que a ONU fez à Venezuela no exame periódico universal do ano passado”, várias delas relacionadas com a necessidade de proteger o espaço cívico a quem defende os direitos humanos.

Pelo contrário, garante Romero, o governo “aprofunda o fechamento do espaço democrático”.

“Apesar de a comunidade internacional ter olhos voltados para a Venezuela e exigir um entorno seguro, a resposta segue sendo continuar com a criminalização, a repressão e o controle social”, lamentou a advogada.

Diante desse quadro, a ONG exigiu ao Estado venezuelano que gere “mecanismos efetivos” para o pleno e livre exercício de ações de defesa e ação humanitária.

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