A ONG argentina La Alameda denunciou cerca de 300 fábricas têxteis clandestinas que funcionaram na capital do país, Buenos Aires, e nos arredores utilizando mão de obra em regime semelhante ao de escravidão. Em denúncias apresentadas à Justiça, a ONG comandada pelo vereador Gustavo Vera assegurou que os trabalhadores das fábricas clandestinas, a grande maioria imigrantes ilegais bolivianos, peruanos e paraguaios, são obrigados a cumprir jornadas de até 16 horas diárias e morar no local com a família.
Trata-se de um drama que o papa Francisco acompanhou e denunciou quando era arcebispo de Buenos Aires e colaborava com Vera. No ano passado, duas crianças morreram sufocadas em uma das fábricas. “A fábrica onde morreram as duas crianças tinha sido denunciada por nossa ONG em 2014, mas o governo portenho não fez nada“, disse Veras.