María Oropeza foi sequestrada por forças do regime chavista na terça-feira| Foto: Reprodução/X/@mariaoropeza94
Ouça este conteúdo

A ONG LOLA Brasil (Ladies of Liberty Alliance), um grupo de mulheres que promove os ideais liberais e libertários disse nesta quinta-feira (8) que protocolou perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA), uma denúncia pedindo por medidas cautelares para a libertação da opositora María Oropeza, sequestrada nesta terça-feira (6) por forças do regime chavista.

CARREGANDO :)

"A prisão arbitrária de Maria Oropeza é uma clara violação dos direitos humanos. Ela tem sido uma voz crucial na luta pela democracia e pelos direitos fundamentais na Venezuela. Solicitamos ao Sistema Interamericano de Direitos Humanos que tome medidas urgentes para garantir sua liberação e segurança”, disse em nota Anne Dias, presidente da LOLA Brasil.

O sequestro de Oropeza foi transmitido pela própria opositora e divulgado nas redes sociais. No vídeo, agentes agressivos do regime chavista invadem o local onde ela estava e tomam o celular que a opositora utilizava para registrar o momento.

Publicidade

Segundo informações, familiares do Oropeza não conseguiram obter nenhuma informação precisa sobre o estado de saúde da opositora desde o dia em que ela foi capturada.

Sâmila Monteiro, líder do LOLA no Rio Grande do Sul, foi quem liderou a denúncia feita à CIDH. Ela contou com o apoio de outras 10 advogadas, entre brasileiras e venezuelanas.

"Esta denúncia é uma resposta à repressão sistemática que o regime de Maduro exerce sobre aqueles que ousam se opor a ele. María Oropeza representa muitos outros ativistas que enfrentam condições semelhantes. É fundamental que a comunidade internacional proteja quem dedica sua vida à defesa da liberdade e da democracia”, disse Monteiro em nota.

Oropeza foi mais uma das vítimas da intensa repressão promovida por Nicolás Maduro desde a divulgação dos resultados das eleições presidenciais realizadas no dia 28 de julho. O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE), órgão controlado pelo chavismo, disse que o ditador ganhou a disputa eleitoral, no entanto, até o presente momento, não apresentou nenhuma das atas que comprovassem tal fato.

Publicidade

Por sua vez, a oposição, liderada por María Corina Machado e representada por Edmundo González Urrutia, afirma que González ganhou de Maduro por uma ampla margem, com base em atas obtidas das seções eleitorais.

Protestos eclodiram na Venezuela pedindo que Maduro deixasse o poder. O chavista respondeu aos atos com violência e passou a perseguir todos aqueles que não aceitaram o resultado do CNE.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]