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A ONG venezuelana Foro Penal, que acompanha a situação dos opositores de Nicolás Maduro, denunciou nesta sexta-feira (5) que 269 pessoas são mantidas em presídios do país por motivações políticas, cinco a mais do foi observado no mês passado.
Desse número, 249 são homens e 20 mulheres, sendo a maioria membros ou antigos membros do setor militar, segundo o levantamento da organização sem fins lucrativos.
O Fórum Penal calculou que de 2014 a abril deste ano, cerca de 16 mil pessoas passaram pela prisão por criticarem a ditadura chavista, das quais 9 mil foram libertadas, mas permanecem com "medidas cautelares”, como a proibição de sair do país, apresentação periódica em tribunais e, em qualquer caso, ficam com o processo judicial aberto na justiça.
O presidente da ONG, Alfredo Romero, afirmou que um dos centros prisionais do país, o Rodeio I, localizado no estado de Miranda, só possui "homens detidos por motivos políticos", o que preocupa familiares, uma vez que o acesso ao local é restrito.
O vice-presidente da organização, Gonzalo Himiob, também alertou para os riscos do novo projeto de lei contra o "fascismo", aprovado em primeira discussão na Assembleia Nacional da Venezuela, controlada por Maduro, que deve piorar ainda mais a situação da oposição no país.