A ONG Observatório Cubano de Direitos Humanos (OCDH) divulgou nesta segunda-feira (7) um novo levantamento em que aponta 338 casos de ações repressivas contra a população civil perpetradas pelo regime liderado pelo ditador Miguel Díaz-Canel no mês passado.
Segundo a organização, são 47 casos a mais do que em junho, quando foram registradas 291 ações repressivas contra a população cubana.
O levantamento do OCDH apontou que 90 das ações repressivas foram detenções arbitrárias, enquanto as outras 248 envolveram diferentes formas de abuso. Os presos políticos foram os principais alvos da repressão, com um total de 68 casos documentados. Além disso, 113 ativistas cubanos foram detidos em suas próprias residências.
A organização, que tem sua sede em Madri, capital da Espanha, também ressaltou a ocorrência de ameaças, intimações, agressões, multas e até mesmo proibições de viagens ao exterior, como parte das táticas de repressão do regime cubano.
Além disso, o OCDH revelou outro número preocupante: 43 casos de pessoas em situação de extrema pobreza - a maioria idosos e doentes crônicos - que não estão recebendo a assistência adequada das autoridades da ilha.
O relatório ressalta que as ações repressivas ocorrem em meio a um cenário em que as autoridades cubanas ignoraram os apelos de diversas entidades internacionais, incluindo o Vaticano, os Estados Unidos e o Parlamento Europeu, para a libertação de presos políticos e o fim da repressão.
Recentemente, a organização Cubalex denunciou o uso do sistema judiciário cubano como uma ferramenta de controle político e opressão. Seu informe "Proteção Penal do Ordenamento Constitucional em Cuba" destacou como o termo "contrarrevolucionário" está sendo utilizado para justificar prisões por motivações políticas.
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