Manifestante com foto do bispo Rolando Álvarez durante marcha realizada em Miami, nos EUA, em abril deste ano| Foto: EFE/Leila Kassidi
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Nesta quarta-feira (2), a ONG Comissão Permanente de Direitos Humanos (CPDH), que luta pelos direitos humanos na Nicarágua, anunciou sua adesão à iniciativa de propor os nomes dos bispos nicaraguenses Rolando Álvarez e Silvio Báez como candidatos ao Prêmio Nobel da Paz.

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Os dois líderes católicos foram alvos da repressão do regime de Daniel Ortega. O bispo Álvarez está preso pelo regime de Ortega desde o ano passado, após denunciar os abusos perpetrados pela ditadura do líder sandinista contra o povo nicaraguense. Em fevereiro, ele foi condenado por juízes nomeados pelo próprio regime a mais de 26 anos de prisão, pelo crime de “traição à pátria”.

O bispo Báez foi forçado a sair da Nicarágua em 2019 por causa da intensa perseguição após levantar sua voz contra as injustiças perpetradas pelo regime de Ortega.

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A CPDH, que tem sua sede em Miami, enviou uma carta ao Comitê do Prêmio Nobel da Paz em apoio à candidatura dos bispos, ressaltando que suas trajetórias são “um testemunho vivo do sofrimento do povo nicaraguense” sob um “regime manchado de violência e violações dos direitos humanos”.

A organização enfatizou o papel do bispo Álvarez como um “servidor do Evangelho” que, mesmo preso injustamente, “permanece firme na defesa da justiça e da liberdade”. O bispo Báez, por sua vez, segundo a ONG, tem “sido uma voz incansável na defesa dos direitos humanos universais”.

Marcos Carmona, secretário executivo da CPDH, instou outras entidades e cidadãos a se unirem à causa, destacando que um maior apoio à iniciativa fortalecerá o consenso no Comitê do Nobel da Paz.

A candidatura dos bispos ao Prêmio Nobel da Paz recebe o respaldo também da Sociedade Internacional de Direitos Humanos (ISHR, sigla em inglês), cujos membros destacaram a “coragem dos religiosos em enfrentar o regime ditatorial de Daniel Ortega na Nicarágua”.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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