Na foto, crianças que fugiram com suas famílias das regiões controladas pelo Estado Islâmico lavam roupas em refúgio| Foto: EFE/EPA/MOHAMED MESSARA

Uma enviada das Nações Unidas afirmou nesta segunda-feira que até 700 crianças foram mortas ou mutiladas no Iraque desde o início do ano, inclusive em "execuções sumárias". Muitas delas foram usadas por extremistas do grupo Estado Islâmico em atentados suicidas.

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Leila Zerrougui, representante especial da ONU para crianças e conflitos armados, disse ao Conselho de Segurança das Nações Unidas nesta segunda-feira que está atemorizada com a morte de civis, incluindo crianças, pelo Estado Islâmico.

Ela acrescentou que o grupo extremista ordenou meninos de até 13 anos a portar armas, proteger locais estratégicos ou prender civis, além de usar as crianças como bombas-suicidas.

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Zerrougui disse também que recebeu relatos de milícias aliadas ao governo iraquiano usando crianças na luta contra extremistas.

Em um contundente discurso de posse nesta segunda-feira, o novo chefe de direitos humanos da ONU, Zeid Ra'ad al-Hussein, pediu que o mundo proteja as mulheres e as minorias alvos do Estado Islâmico. Al-Hussein, o primeiro muçulmano a assumir o cargo, disse que os jihadistas estão provocando um banho de sangue no Iraque e na Síria.

O Estado Islâmico, que controla grande área nos dois países desde o início de sua ofensiva, em julho, provocou o deslocamento de milhares de pessoas. O temor pelo avanço do grupo intensificou-se após a decapitação de dois jornalistas americanos nas últimas semanas, levando países do Ocidente a avaliarem a formação de uma coalizão internacional para combatê-lo.

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