Haniyeh, o líder do Hamas: acusado de confisco| Foto: Ali Ali/Arquivo Efe

Volta atrás: Israel não teria alvejado escola de Gaza

O episódio mais polêmico do conflito ocorrido em janeiro na Faixa de Gaza foi revisto ontem.

A bomba que Israel lançou, supostamente dentro de uma escola do campo de refugiados de Jebalia, matando cerca de 30 civis, teria na verdade caído fora de suas dependências.

A informação havia sido dada pela ONU, que reviu a declaração.

Da Redação

CARREGANDO :)

Gaza - A ONU acusou ontem o Hamas, grupo radical no poder na Faixa de Gaza, de ter se apropriado de parte da ajuda humanitária destinada à população civil no âmbito dos esforços internacionais pela reconstrução do território palestino, bombardeado por Israel durante três semanas.

Segundo um porta-voz da ONU, policiais do Hamas levaram ontem 3.500 cobertores e 400 pacotes de alimentos de um depósito do organismo em Gaza.

Publicidade

O porta-voz ressaltou que foi o primeiro incidente deste tipo desde o fim dos ataques israelenses, em 18 de janeiro, e exigiu a devolução do material.

O ministro do Bem-Estar do governo do Hamas na Faixa de Gaza, Ahmed al Kurd, negou que o grupo tenha confiscado a ajuda, mas admitiu que há divergências com a ONU sobre como os suprimentos devem ser distribuídos.

O caso evidencia a dificuldade de resolver o problema da ajuda humanitária e da reconstrução de Gaza, após a ofensiva israelense que deixou 1.300 palestinos mortos e destruiu a infraestrutura do território.

Vencedor das eleições legislativas palestinas de 2006, o Hamas governa Gaza sozinho desde que expulsou da região há um ano e meio os rivais do Fatah, que controlam a Autoridade Nacional Palestina (ANP) e são o interlocutor aceito por Israel, EUA e União Europeia.

As potências ocidentais consideram o Hamas um grupo terrorista e exigem que a responsabilidade pela reconstrução de Gaza seja da ANP.

Publicidade

Diante do impasse, Israel continua proibindo a entrada de toneladas de material de construção em Gaza, impedindo a revitalização da região.