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Berlim – O surpreendente anúncio da intenção do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, em se reunir com a ONU para explicar seu programa nuclear fez com que os membros do Conselho de Segurança da Organização não fechassem um acordo para impor novas sanções econômicas a Teerã.

No domingo, o governo iraniano anunciou que quer participar de uma reunião do Conselho de Segurança (CS) da ONU – Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China – para explicar à comunidade internacional a natureza de seu programa de enriquecimento nuclear.

O embaixador da África do Sul na ONU e atual presidente do CS, Dumisani Kumalo, disse que Ahmadinejad ainda não fez um pedido formal para se encontrar com os membros do Conselho de Segurança, mas afirmou que "esta oportunidade não pode ser perdida".

Em dezembro, a ONU impôs sanções econômicas contra o Irã pela recusa de Teerã em interromper seu programa de enriquecimento de urânio. Uma das medidas foi o boicote às exportações de tecnologia nuclear aos iranianos.

Apesar das sanções, Teerã não só não interrompeu seu programa nuclear, como o expandiu. Isto gerou descontentamento da comunidade internacional que estava prestes a impor novas sanções contra o Irã, até Ahmadinejad demonstrar o desejo de se explicar sobre seu projeto.

O embaixador francês da ONU, Jean-Marc de La Sabliere, disse que as negociações "estão na direção certa"."Não chegamos a um acordo ainda, mas esperamos ter uma nova resolução na próxima semana", disse Sablière.

Já o representante americano no Conselho de Segurança não foi tão otimista. "Não vi ainda um pedido formal do presidente iraniano. Enquanto não há nada concreto, não posso comentar sobre isso."

O Irã insiste que suas atividades nucleares têm fins pacíficos, e rejeita suspender o enriquecimento de urânio por considerá-lo um "direito legítimo do povo iraniano.

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