O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, advertiu contra uma escalada preocupante da situação na Síria depois do ataque de Israel a alvos próximos a Damasco, no domingo (5), tendo como alvo o que autoridades israelenses disseram ser mísseis iranianos relacionados a militantes do Hezbollah.

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Autoridades israelenses disseram que o ataque, o segundo em 48 horas, não estava ligado à guerra civil na Síria. Em vez disso, foi direcionado a impedir que o libanês Hezbollah, um aliado do Irã, recebesse armas que poderiam ser usadas para atacar Tel Aviv, caso Israel siga adiante com ameaças de atacar instalações nucleares iranianas.

O Irã nega as acusações israelenses e ocidentais de que se empenha em adquirir armas atômicas -- uma longa disputa que agora ameaça se cruzar com a luta sangrenta na Síria.

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A ONU disse que Ban apelou a todos os lados "para agirem com senso de responsabilidade para evitar uma escalada do que já é um conflito devastador e altamente perigoso".

Pessoas foram acordadas na capital síria por explosões que abalaram o chão e resultaram em chamas altas à noite.

"A noite virou dia", disse à Reuters um homem a partir de sua casa em Hameh, próximo a um dos alvos, a base militar Jamraya.

O governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, acusou Israel de ajudar efetivamente "terroristas islâmicos" da Al Qaeda e disse que os ataques "abriram a porta para todas as possibilidades".

Apesar da reação síria, autoridades israelenses disseram que, assim como após um ataque similar na mesma área em janeiro, calculavam que Assad não compraria uma briga com um vizinho bem armado por estar preocupado com sua sobrevivência em casa.

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O senador republicano dos EUA John McCain disse no domingo que os ataques aéreos podem adicionar pressão sobre Washington para intervir na Síria, apesar de o presidente Barack Obama dizer que não tem planos de enviar tropas terrestres.