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Dacar (EFE) – O representante do secretário-geral da ONU na Costa do Marfim, Pierre Schori, alertou sobre os riscos de uma crise humanitária que ameaça cerca de 14 mil desabrigados e refugiados na região do grande oeste do país, em entrevista coletiva concedida hoje em Dacar, no Senegal."A ausência da ONU na região do grande oeste da Costa do Marfim, como conseqüência das violências que aconteceram em janeiro, criou um vazio que pode provocar uma grave crise humanitária", disse Schori, em referência às ações praticadas por seguidores do presidente Laurent Gbagbo que resultaram na morte de várias pessoas.

"Vamos pedir ao Governo que tome uma iniciativa", disse Schori destacando a importância do retorno da ONU à região, pelo menos no contexto atual. "A próxima semana será muito produtiva para o processo de paz na Costa do Marfim porque marcará a aplicação do Mapa de Caminho", disse ao falar sobre a reunião em que o Conselho de Segurança da ONU discutirá os problemas da região. "Existe uma minoria que não deseja estar inserida no caminho da paz e bloqueia o processo de reconciliação nacional", lamentou o alto funcionário da ONU, sem dar mais detalhes. Schori lembrou os atos violentos ocorridos em janeiro e os ataques sofridos pela ONU por parte dos seguidores de Gbagbo, afirmando que os responsáveis não podem contar com a impunidade.

"Alguém deve pagar", afirmou Schori, ao lembrar que durante quatro dias o quartel-general da missão de paz da ONU na Costa do Marfim (ONUCI) foi atacado, com danos calculados em U$S 3,5 milhões, o que julgou ser inaceitável, inadmissível e intolerável. "A ONU não está na Costa em Marfim para fazer a guerra, mas sim para promover a paz e a democracia no país", acrescentou o representante da ONU, insistindo numa intenção de continuar com a missão de paz.

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