O fluxo migratório coloca uma enorme pressão sobre os recursos de agências de ajuda humanitária e sobre governo do Curdistão iraquiano| Foto: REUTERS / Azad Lashkari

O Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) informou nesta segunda-feira (19) que, em cinco dias, cerca de 30 mil sírios fugiram da guerra civil em sua terra natal para a região curda do norte do Iraque.

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O massivo fluxo migratório, que envolve um grande número sírios curdos em busca de refúgio, colocou uma enorme pressão sobre os recursos de agências de ajuda humanitária e sobre governo do Curdistão iraquiano.

"Refugiados sírios ainda estão entrando na região curda, no norte do Iraque, em grande escala e a maioria deles é composta de mulheres e crianças. A razão por trás da repentina onda migratória ainda não está clara", disse Youssef Mahmoud, um porta-voz da agência para refugiados da ONU.

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"Hoje, cerca de 3 mil refugiados sírios cruzaram as fronteiras e isso levou o número para cerca de 30 mil refugiados desde quinta-feira", afirmou o representante, acrescentado que a onda migratória elevou o número de refugiados sírios na região curda para cerca de 195 mil.

O ACNUR organizou um acampamento emergencial em Irbil, a capital da região autônoma curda do Iraque, para abrigar alguns dos recém-chegados. A organização também informou que está enviando 15 carregamentos de suprimentos - 3,1 mil tendas, dois armazéns pré-fabricados e milhares de galões de água - para a região. Segundo a agência, os carregamentos já estão a caminho e devem chegar até o final da semana.

Os curdos são a maior minoria étnica da Síria, totalizando mais de 10% da população de 23 milhões de pessoas do país.

Ainda nesta segunda-feira, uma equipe de especialistas da ONU começou uma investigação sobre o suposto uso de armas químicas no conflito sírio. A equipe tem a responsabilidade de determinar se estes armamentos, de fato, foram usados e quais os tipos específicos de agentes químicos. O mandato da missão não se estende para estabelecer quem foi o responsável pelo ataque, o que levou alguns observadores a questionarem o valor da investigação.

Os especialistas devem visitar três locais onde ataques com armas químicas teriam ocorrido: a vila de Khan al-Assal, a oeste da cidade de Aleppo, e dois outros locais que não foram divulgados.

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