Gaza Em visita à Faixa de Gaza, o enviado da Organização das Nações Unidas para o Oriente Médio, Álvaro de Soto, se mostrou alarmado ontem com a situação da região, especialmente a humanitária. Ele pediu que os grupos palestinos libertem o soldado Guilad Shalit e lembrou Israel de que deve cumprir as leis internacionais sobre direitos da população civil. "Achamos difícil entender por que a usina de energia elétrica foi bombardeada. Também houve outras medidas dessa natureza, como a prisão de ministros e deputados", disse De Soto, que visitou a usina.
Engenheiros disseram que levará de seis a oito meses para que essa central, responsável por mais de metade do suprimento de energia elétrica da Faixa de Gaza, volte a operar plenamente. Essa era a única usina do território. O restante da eletricidade vem de Israel ou de geradores.
A usina foi construída pela empresa americana Morganti Group e está segurada por um fundo do governo dos EUA, no total de US$ 48 milhões. Ou seja, o governo-americano terá de reembolsar o conserto de turbinas e outros equipamentos.
De Soto também se mostrou preocupado com o risco de que 25 mil palestinos sejam forçados a deixar suas casas em Beit Hanun, no norte da Faixa de Gaza, se Israel resolver invadir a região. A agência de ajuda da ONU em Gaza planeja abrigar essas pessoas em escolas e para isso está estocando alimentos e remédios.