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O enviado especial da ONU para o Iêmen, Jamal Benomar, alertou nesta terça-feira (11) que a situação da segurança no país se deteriorou "muito drasticamente" e que há amplas áreas fora do controle governamental, enquanto segue estagnado o início de um processo de transição política.

Essa foi a mensagem que Benomar transmitiu nesta terça-feira ao Conselho de Segurança da ONU, que realizou uma reunião a portas fechadas sobre a situação atual no Iêmen e cujos membros negociam os detalhes de um projeto de resolução sobre o país árabe que será apresentado pelo Reino Unido ainda nesta semana.

O enviado especial da ONU afirmou à imprensa - uma vez concluído seu relatório - que há "cinco ou seis províncias fora do controle governamental" no Iêmen, além de algumas partes da capital, e detalhou que o Conselho de Segurança está "preocupado e ansioso" pelos últimos eventos no país.

Ele assinalou que "os iemenitas querem avançar rumo a uma transição pacífica" e indicou que houve esforços por setores da oposição e até do partido governista para iniciar uma transição que duraria dois anos, embora atualmente o processo esteja bloqueado.

"A solução seria um processo liderado pelos iemenitas que incluísse todas as forças políticas do país", acrescentou Benomar, que destacou que, nas consultas conduzidas pela ONU no Iêmen, tinha detectado "um sentimento de urgência" para acabar com a crise.

Após ouvir o relatório de Benomar, o Conselho de Segurança avaliou a situação apresentada, enquanto continuam as negociações em diversos níveis para debater os detalhes de um projeto de resolução sobre o país árabe, explicaram à imprensa fontes diplomáticas britânicas.

Desde 27 de janeiro, o Iêmen vive imerso em uma onda de mobilizações populares que pedem a queda do presidente Ali Abdullah Saleh, enquanto se registram lutas entre tribos partidárias e detratoras do líder e o grupo terrorista Al Qaeda estende sua influência nas províncias do sul.

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