O Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos (Acnur) informou nesta quarta-feira (16) que 726 civis morreram e 1.174 ficaram feridos nos 20 primeiros dias de guerra na Ucrânia, incluindo apenas os casos que foram verificados.
Entre os óbitos atestados, há 104 mulheres e 52 crianças (no cálculo feito pelo governo da Ucrânia, esse número seria ainda maior: 103 crianças). No balanço de feridos, são 77 mulheres e 63 menores de idade, de acordo com o escritório chefiado pela ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet.
De acordo com o Alto Comissariado, foram verificadas 186 mortes nas regiões de Donetsk e Lugansk, tanto nas áreas pró-russas, quanto nas controladas pelo governo da Ucrânia.
Os demais 540 óbitos foram nas áreas sob o comando de Kiev no resto do país, como em Kherson, Mikolaiv, Odessa, Sumy, Zaporizhzhia, Dnipropetrovsk, Dnipropetrovsk ou Kharkiv.
A agência da ONU também teme que ataques em outras áreas podem ter causado centenas de vítimas civis. São regiões que ainda não puderam ser verificadas, algumas cidades estão cercadas, como Mariupol, Volnovaja e Izium.
Segundo o Alto Comissariado, a maioria das vítimas foi ferida por ataques com artefatos explosivos de longo alcance, o que inclui bombardeios com artilharia pesada e sistemas de lançadores múltiplos de foguetes.
O direito internacional considera crime de guerra os ataques militares indiscriminados contra alvos civis, assim como contra prédios residenciais, escolas ou centros de saúde.
No último dia 4, o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou uma resolução para criar uma comissão de investigação sobre as possíveis violações cometidas pela Rússia na invasão à Ucrânia.
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