O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou por unanimidade neste sábado (21) uma resolução que permite o envio de mais 300 observadores não armados à Síria. Por meio da resolução 2043, os observadores serão enviados pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, caso ele decida que a missão é de fato segura.
Os enviados de diversos países do Ocidente destacaram os riscos de mandar os monitores à Síria, pois a violência no país permanece desde um cessar-fogo de 12 de abril.
"O posicionamento estratégico dos primeiros dez observadores na Síria não mudou o comportamento assassino do regime", comentou o embaixador da França na ONU, Gerard Araud, acrescentando que o presidente Bashar al-Assad manifestou "desdém" em relação à medida das Nações Unidas.
No entanto, o embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, cujo país representou um papel de liderança no desenvolvimento da resolução, afirmou ao conselho que "essa resolução é de importância fundamental para conduzir o processo de solução pacífica na Síria".
Os Estados Unidos e o Reino Unido foram contrários ao patrocínio conjunto à resolução, pois têm dúvidas sobre o futuro da missão. Entre os europeus, França e Alemanha decidiram a favor, e a Rússia manifestou apoio ao plano de paz do enviado da Liga Árabe das Nações Unidas, Kofi Annan.
Além dos observadores militares, especialistas civis serão enviados à Síria para oferecer recomendações sobre questões políticas e de segurança pública. As informações são da Dow Jones.
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