O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou ontem, por unanimidade, uma resolução que obriga os Estados membros a adotar legislações que tornem crime a associação de seus cidadãos a grupos terroristas em outros países.
O texto, chamado de "histórico" pelo presidente Barack Obama na reunião do conselho que teve a participação de chefes de Estado de parte dos 15 países que ocupam assento no órgão foi apresentado pelos Estados Unidos e por mais cem países e aprovado dois dias depois do início dos bombardeios do país à milícia radical Estado Islâmico (EI) na Síria.
"A histórica resolução que acabamos de adotar estabelece novas obrigações que as nações devem cumprir. Especificamente, os países devem evitar e suprimir o recrutamento, a organização e a entrega de armas a combatentes terroristas estrangeiros, assim como o financiamento de suas viagens e atividades", disse Obama.
A declaração prevê que todos os países da ONU devem assegurar que suas leis internas estabeleçam penalidades para cidadãos que viajem para outros países com o propósito de "cometer, planejar, preparar ou participar de atos terroristas" ou ainda "oferecer ou receber treinamento terrorista".