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Guerra

ONU aprova trégua, mas conflito em Gaza não para

Artilharia de tanque de Israel causa explosões em cidade ao Norte de Gaza. As agressões continuam mesmo depois do acordo na ONU | Yannis Behrakis/Reuters
Artilharia de tanque de Israel causa explosões em cidade ao Norte de Gaza. As agressões continuam mesmo depois do acordo na ONU (Foto: Yannis Behrakis/Reuters)
Palestinos rezam durante funeral de nove pessoas mortas em um ataque israelense em Beit Lahiya, no norte da Faixa de Gaza |

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Palestinos rezam durante funeral de nove pessoas mortas em um ataque israelense em Beit Lahiya, no norte da Faixa de Gaza

Família palestina deixa sua casa em Rafah para fugir dos ataques israelenses. Israel acusa o Hamas de usar civis como escudo |

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Família palestina deixa sua casa em Rafah para fugir dos ataques israelenses. Israel acusa o Hamas de usar civis como escudo

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Homem ferido por bombardeio é tradao em chão de hospital na cidade de Beit Lahia, no Norte de Gaza |

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Homem ferido por bombardeio é tradao em chão de hospital na cidade de Beit Lahia, no Norte de Gaza

Palestinos rezam em frente a corpos no velório dos mortos em bombardeio de Israel sobre escola da ONU |

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Palestinos rezam em frente a corpos no velório dos mortos em bombardeio de Israel sobre escola da ONU

O conflito em Gaza entrou no 14º dia nesta sexta-feira (9). Na noite de quinta-feira (8), o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que pede cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, a retirada das tropas israelenses e a entrada sem impedimentos de ajuda humanitária no território palestino.

A resolução 1860, aprovada por 14 votos a favor com abstenção dos Estados Unidos, assinala "a urgência" e "faz um apelo ao cessar-fogo imediato, duradouro e plenamente respeitado, que leve à completa retirada das forças israelenses de Gaza."

O documento defende ainda uma paz baseada na visão de uma região onde dois estados democráticos, Israel e Palestina, convivam em paz, com fronteiras seguras e reconhecidas.

Novos ataques

Desde o início da ofensiva israelense em 27 dezembro, 763 pessoas morreram do lado palestino e 12 em Israel. Os feridos ultrapassam 3.100. Nesta sexta, seis palestinos, a maioria da mesma família, morreram em ataques aéreos israelenses contra o norte da Faixa de Gaza, informaram fontes médicas. A maioria das vítimas dos ataques, contra Beit Lahiya e Jabaliya, integrava a família Salha, destacaram as mesmas fontes à agência de notícias France Presse.

O exército israelense informou que bombardeou 50 alvos em Gaza. Também relatou explosões de foguetes vindos de Gaza nas cidades de Ashdod e Beersheba (a cerca de 40 km da Faixa de Gaza), no sul de Israel. Uma pessoa ficou ferida.

O Exército de Israel registrou seis lançamentos de foguetes do tipo Grad procedentes de Gaza, que caíram no sul do país, em Ashdod e Beersheba (a 40 km da Faixa de Gaza), ferindo uma pessoa.

ONU suspende ajuda

A agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) anunciou nesta quinta-feira (8) que suspenderá todas as suas operações na Faixa de Gaza por conta do "risco" causado pela presença de tropas no território palestino sob ataque.

Um ataque de um tanque israelense nesta quinta matou dois motoristas palestinos de um comboio de ajuda humanitário coordenado pela agência, segundo o porta-voz da entidade em Gaza, Adnan Abu Hasna. Ele não disse quanto tempo a suspensão vai durar.

O Exército de Israel disse que está investigando o caso. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou os ataques, segundo seu porta-voz.

A Faixa de Gaza teve na quarta-feira (8), pelo segundo dia consecutivo, um cessar-fogo de três horas para que a população civil possa obter mantimentos. A trégua ocorreu novamente entre 13h e 16h (9h e 12h de Brasília), disse Peter Lerner, porta-voz do Exército israelense para a coordenação com os territórios palestinos, que disse que a medida tem por objetivo "permitir que a população se abasteça de artigos essenciais". O Hamas, que controla a Faixa de Gaza, criticou a decisão da Agência da ONU. "A decisão da UNRWA de suspender as atividades não é lógica e é indesculpável. O dever da agência é proteger as vítimas da guerra, e não abandoná-las", afirmou o porta-voz do Hamas, Fawzi Barhum.

A ONU denunciou nesta sexta-feira que o Exército de Israel bombardeou no início da semana uma casa em Gaza com 110 civis dentro e 30 deles morreram.

"Segundo várias testemunhas, em 4 de janeiro os soldados evacuaram 110 palestinos, metade deles crianças, para uma casa de Zeitun e ordenaram que permanecessem dentro", afirma um comunicado do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas.

"Vinte e quatro horas mais tarde, as forças israelenses bombardearam várias vezes esta casa, matando 30 pessoas", acrescenta a nota.

A polícia israelense está amplamente mobilizada na zona leste de Jerusalém, depois que o Hamas convocou um novo "dia da ira" para esta sexta-feira contra a operação militar de Israel em Gaza.

"Mobilizamos milhares de homens para manter a calma no leste de Jerusalém", declarou o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld.

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