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O ministro da Defesa, Celso Amorim, disse nesta sexta-feira (16) que a Organização das Nações Unidas (ONU) abriu uma investigação para apurar a acusação de espancamento de dois jovens haitianos, feita contra soldados brasileiros que atuam na Minustah (Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti).

"Já há uma investigação em curso, feita pela própria Minustah, portanto pelas Nações Unidas, sobre o incidente", declarou Amorim, acrescentando que não vai se pronunciar sobre o que ocorreu "exatamente porque será a investigação que vai apontar os caminhos".

Amorim relatou que esteve nesta sexta de manhã na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, com o comandante da Minustah e obteve as informações sobre a abertura da investigação. Amorim participou de evento no Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), na Vila Militar, na zona oeste, junto com a secretária-geral adjunta das Nações Unidas e diretora-executiva da ONU-Mulheres, Michele Bachelet, ex-presidente do Chile.

Após a entrevista, a assessoria de imprensa do ministro divulgou uma declaração do oficial que comanda o braço militar da Minustah, o general brasileiro Luiz Eduardo Ramos Pereira, que se reuniu com o ministro pela manhã. "Foi instaurada uma comissão para apurar as acusações. Até o momento, são apenas acusações sem provas, mas de qualquer modo a política da Minustah é de tolerância zero com qualquer desvio de conduta de seus integrantes", declarou Ramos, segundo a assessoria. A Minustah, comandada pelo Brasil, está no Haiti desde 2004.

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