Paris O aquecimento global criou furacões mais fortes, incluindo os do Oceano Atlântico, como o Katrina, que devastou a cidade de Nova Orleans em 2005, concluiu um comitê internacional de cientistas. Esta é a primeira vez que especialistas afirmam, categoricamente, haver uma conexão entre os dois fenômenos.
Durante uma maratona de reuniões em Paris, membros do Painel Intergovernamental para a Mudança Climática (IPCC) aprovaram um texto que diz que um aumento na força de furacões e ciclones tropicais desde 1970, "mais provavelmente do que não", pode ser atribuído ao aquecimento global provocado pela atividade humana, diz Leonard Fields, de Barbados, e Cedric Nelom, do Suriname, dois participantes das discussões.
Em seu último relatório, divulgado em 2001, o mesmo comitê havia dito que não dispunha de evidências para chegar a tal conclusão.
"É muito importante" que a linguagem escolhida para tratar do tema, desta vez, seja forte, disse Fields. "As companhias seguradoras prestam atenção na linguagem, também".
O IPCC ressalva que o aumento no número de tempestades fortes difere nas diversas partes do planeta, mas que as tempestades que atingem o continente americano são influenciadas pelo aquecimento global, diz outro participante do comitê.