Representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) chegaram na terça-feira à Coréia do Norte para negociar os termos das inspeções relativas à desativação do reator nuclear de Yongbyon, fonte do plutônio norte-coreano para armas atômicas.

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O regime comunista norte-coreano aceitou em fevereiro desativar o reator em troca de combustível.

"Sempre precisamos ser otimistas. Acho que a Coréia do Norte fará agora o que lhe pediram", disse Olli Heinonen, inspetor-chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU), a jornalistas em Pequim.

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Sua equipe passará três dias na Coréia do Norte, negociando os preparativos para que a AIEA verifique o fechamento e colocação de lacre nas instalações nucleares e na unidade de reprocessamento.

A Coréia do Sul reagiu às notícias prometendo retomar o envio de arroz ao miserável vizinho a partir do dia 30. A ajuda alimentar foi suspensa depois que Pyongyang desafiou os alertas internacionais e testou mísseis em julho de 2006.

A Coréia do Norte expulsou os inspetores da AIEA em dezembro de 2002 e abandonou o Tratado de Não-Proliferação Nuclear pouco depois.

Em 2005, Pyongyang anunciou ter armas nucleares, e no ano passado testou-as pela primeira vez, atraindo sanções financeiras e armamentistas da ONU.

As duas Coréias, o Japão, a Rússia, os Estados Unidos e a anfitriã China conseguiram em fevereiro fechar o acordo, cujo objetivo final é inutilizar o complexo de Yongbyon e todo o resto do programa nuclear norte-coreano em troca de garantias de segurança, aproximação diplomática e ajuda econômica.

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A Coréia do Norte se recusava a cumprir sua parte no acordo até que ocorresse a liberação de 25 milhões de dólares retidos no Banco Delta Ásia, de Macau. Os EUA haviam colocado o banco numa lista negra e acusado-o de lavar dinheiro de atividades ilícitas do regime comunista.

Pyongyang confirmou na segunda-feira o recebimento do dinheiro.