Conferência de Copenhague

Lula culpa UE por fracasso

Folhapress

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva responsabilizou ontem os países europeus pela falta de um acordo com metas mais ousadas na cúpula do clima de Copenhague. Segundo Lula, a União Europeia se escondeu atrás de uma possível proposta norte-americana para que o protocolo de Kyoto não fosse cumprido.

O presidente revelou que esteve para abandonar a conferência. Apesar das críticas, Lula disse que o quase-acordo foi o melhor resultado possível.

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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, cobrou ontem de todos os países a assinatura formal do acordo de Copenhague para fazer frente às mudanças climáticas e pediu a todos que trabalhem por um tratado legalmente vinculante em 2010.

Ban Ki-moon conclamou também aos países ricos que contribuam com um fundo multibilionário para ajudar as nações mais po­­bres a enfrentarem as consequências do aquecimento global.

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O secretário-geral da ONU admitiu que o acordo sem força de lei assinado na manhã de sábado em Copenhague, depois de duas semanas de negociações, ficou aquém do que se esperava.

China

A China anunciou ontem que tratará as negociações sobre um novo tratado climático em 2010 como uma luta pelo "direito a se desenvolver", sinalizando mais polêmicas no processo pós-Copenhague.

A conferência climática na capital dinamarquesa terminou no sábado com um sucinto comunicado que "registrava" um acordo em linhas gerais fechado na última hora entre os Estados Unidos e grandes países em desenvolvimento – China, Índia, Brasil e África do Sul. A China, maior emissora global de gases do efeito estufa e maior economia em desenvolvimento, foi crucial nas negociações, revelando sua crescente assertividade nos assuntos globais durante as torturantes negociações noite adentro.

Agora, começa a ser discutido um tratado com valor jurídico, a ser aprovado em 2010. Yi Xi­­naliang, funcionário da chancelaria chinesa, indicou em declarações divulgadas ontem pelo jornal Diário do Povo que "a discussão diplomática e política sobre a mudança climática que está se abrindo será focada no direito a se desenvolver e no espaço para o desenvolvimento".

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