Genebra (EFE) A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Louise Arbour, afirmou que manter "um número desconhecido" de prisioneiros em centros secretos de detenção "equivale ao desaparecimento (deles)", o que tem implicações tão graves quanto a tortura. Os presídios são comparados a cativeiros de grupos criminosos.
A jurista canadense publicou ontem um artigo em que aponta que "qualquer que seja o valor da informação obtida nessas instalações secretas", não se pode ignorar os padrões mínimos vigentes para o tratamento de prisioneiros. Arbour considerou ainda que há razões suficientes para duvidar da veracidade das informações obtidas sob tais circunstâncias.
Por ocasião do Dia Internacional dos Direitos Humanos, comemorado em 10 de dezembro (sábado), e em meio à polêmica sobre as práticas dos EUA, Arbour convocou a comunidade internacional a pôr fim às práticas que permitem a tortura e os maus-tratos sob a justificativa de que são medidas necessárias para combater o terrorismo.
"Estamos diante de um ataque à proibição absoluta da tortura, o pilar fundamental dos direitos humanos", alerta Arbour.