O escritório na Colômbia do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos condenou "energicamente" o assassinato de quatro reféns da guerrilha das Farc, três policiais e um militar, e classificou o ocorrido de crime de guerra, em um comunicado publicado neste domingo.
"Estes assassinatos atrozes refletem uma terrível falta de humanidade e um desprezo total pela vida. Merecem o repúdio mais forte e provocam uma profunda tristeza pelo imenso sofrimento dos sequestrados e de suas famílias", disse Christian Salazar, representante do escritório na Colômbia.
"Estes fatos irracionais não são uma prática isolada ou esporádica. São crimes de guerra que podem constituir crimes contra a humanidade. São produto da desumanização progressiva do conflito armado interno", acrescentou.
No sábado, após combates entre a guerrilha e as forças militares em Caquetá (sul), foram encontrados mortos o sargento do exército Libio Martínez, o coronel da polícia Édgar Yesid Duarte e os tenentes da polícia Elkin Hernández e Álvaro Moreno, todos com 13 e 12 anos de cativeiro.
No entanto, o sargento da polícia Luis Alberto Erazo, que se escondeu na selva ao escutar os primeiros tiros, conseguiu escapar com vida.
O escritório da ONU para os Direitos Humanos expressou "sua solidariedade mais sincera e profunda às famílias das pessoas assassinadas" e pediu às Farc que, "imediatamente e sem condições, libertem todas as pessoas sequestradas e parem com todos os atos que violam o direito internacional humanitário".
Também exigiu a busca "de uma solução pacífica ao conflito armado que garanta uma paz sustentável e duradoura ao povo colombiano, com pleno respeito dos direitos das vítimas e dos direitos humanos".
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